O futuro (não tão distante) do consumo: parte 2
Continuamos falando sobre as tendências de consumo para os próximos anos, agora com Andrea Greca. A analista e proprietária da Berlin indica alguns pontos de atenção que devem mudar a relação entre consumidores e marcas a partir de 2016. Vamos juntos conferir!
Damos sequência ao nosso especial sobre o futuro do consumo, agora com Andrea Greca, pesquisadora de tendências e proprietária da empresa Berlin. Ela nos traz alguns mindsets (modelos mentais, em tradução livre) que devem se fortalecer em 2016, mudando e refinando a relação entre consumidores, marcas e produtos.
Se você não falar a verdade, alguém falará por você. Essa máxima define bem a ânsia que o consumidor tem, hoje, por gastar seu dinheiro com marcas autênticas e verdadeiras. Com as redes sociais, gerenciar crises de imagem de marca é um enorme desafio no mundo corporativo, portanto, o melhor a se fazer é evitá-las ao máximo. Como? Simples: seja honesto, verdadeiro, não minta, tenha boas intenções, entregue o que promete (ou mais) e responda rápido a qualquer solicitação.
Há algum tempo falamos dessa tendência, que começou após a crise do crédito, em 2008 nos Estados Unidos. O movimento do lowsumerism (um neologismo em inglês que prega a redução do consumo), como todas as tendências, veio tomando forma e se fortalecendo com o passar dos anos. Hoje, tomou grandes proporções e rege a mentalidade de consumo de muitas pessoas. Pensar antes de comprar, refletir sobre o impacto de nossos hábitos de consumo sobre o planeta e a sociedade.
Num mundo afundado em crises de diversos tipos, empresas que demonstrarem responsabilidade social e comprometimento com o desenvolvimento do planeta ganharão pontos entre os consumidores. Há diversas maneiras de fazer o bem e causar impacto positivo. Ao realizar um ato de gentileza, entretanto, deve-se planejar muito bem, já que as ações precisam parecer (e de preferência ser) 100% genuínas, pouco comerciais (ou seja, a intenção principal não é vender e sim deixar as pessoas felizes ou ajudá-las) e, obviamente, compartilháveis.

Cada vez mais consumidores preferem esbanjar experiências a coisas. Como vimos acima, o ser ultrapassa o ter quando falamos de símbolos de status (dos millennials, a geração nascida a partir dos anos 1980, especialmente). O cool, hoje, não é dirigir um carrão ou ostentar joias por aí. No consumo – claro, pois ninguém é de ferro! – a exclusividade passa a ser um fator que diferencia um indivíduo do outro. O “eu tenho, você não tem” de ontem dá lugar a “eu fui, você não foi”. Por isso, para acertar o tom e conquistar esse novo target que – apesar do discurso – é ávido por consumir, é crucial engajá-lo em experiências únicas, surpreendentes e do bem.
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