Você sabia que a segunda maior cooperativa industrial do Brasil fica no Paraná? É a <a href="https://www.cvale.com.br/site/">CVale</a>, cuja história começou em 1963. Sua fundação veio pela falta de locais para armazenar a produção, as dificuldades para o escoamento da safra e a ausência de crédito e assistência técnica. Na época, um grupo de 24 agricultores se dispuseram a  fundar, em 7 de novembro de 1963, a Cooperativa Agrícola Mista de Palotina Ltda (Campal). Mais tarde ela se tornaria a atual C.Vale.
Desde então, a cooperativa, que também financia a produção, garantindo créditos aos cooperados, em especial os pequenos produtores,  só cresceu. A C.Vale também se modernizou e ampliou o leque de atuações. Atualmente, a cooperativa conta com mais de 21 mil associados e 151 unidades de negócios no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e no Paraguai.
<img decoding="async" loading="lazy" class="aligncenter size-full wp-image-17015" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/01/cvale-3.jpg" alt="cooperativa" width="1642" height="1080" />
<h2>Cooperativa de peixes</h2>
Depois de se destacar na atuação da soja, milho, trigo, mandioca, leite, frango e suínos, a C.Vale entrou no mercado da piscicultura em 2017. A decisão veio da estratégia de agroindustrialização.
<img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-17013 alignleft" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/01/LANGEDITreduz-200x300.jpg" alt="cooperativa" width="204" height="306" />
<blockquote>“Somos grandes produtores de soja e milho, temos a matéria-prima para a produção de rações. Combinamos esse fator com a vocação natural dos produtores do oeste do Paraná para a diversificação de atividades. É a região que mais produz peixes no estado, já tinha muitos açudes em produção. Entramos no negócio para criar mais uma fonte de renda aos associados. Além desse benefício, geramos mais de 700 novos empregos com a piscicultura”, explica Alfredo Lang, presidente da C.Vale.</blockquote>
 A produção é feita utilizando o sistema de tanques escavados, com  aeradores para produção de oxigênio nos viveiros. A C.Vale fornece o alevino, a ração, assistência técnica, faz a despesca, industrializa e comercializa a produção.
Para garantir aos produtores a tranquilidade necessária para investir e conduzir as atividades, a cooperativa montou um sistema de integração de ciclo completo, usando como base a experiência de 21 anos com a produção e abate de frangos.
“Com esse sistema, o produtor é responsável pelo manejo e tem compromisso de entregar os peixes à indústria. Essa, por sua vez, se compromete em processar e vender. A integração eliminou o maior problema do segmento: o calote. Antes, muitos produtores vendiam os peixes e recebiam cheques sem fundo, entravam em dificuldades porque tinham que pagar pela ração. Agora eles têm a segurança de que vão receber”, destaca Lang.
<iframe loading="lazy" title="C.Vale: Abatedouro de Peixes" width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/05jjPG7aFII?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen></iframe>
<h2>Centro de pesquisa</h2>
Além de fornecer os juvenis (peixes com até 30 gramas), ração e garantir a compra e a venda da produção, o grande diferencial da cooperativa é o trabalho desenvolvido pelo Centro de Pesquisa, Unidade de Produção de Juvenis e Fomento Peixe.  O gerente do Departamento de Peixes, Flávio Paulert,  explica que essas áreas são responsáveis pela saúde dos animais, planos de biossegurança na cadeia de produção, produtividade e a garantia de qualidade em todos os processos até a logística e a industrialização.
Após três anos no mercado de peixes, o balanço é positivo, segundo Lang. “Conseguimos uma boa aceitação no mercado. Apostamos em qualidade do produto para conquistar espaços. Agora em dezembro fizemos o primeiro embarque de carne de tilápia para o Japão e pretendemos incrementar a exportação. Do ponto de vista do produtor, a atividade tem se mostrado rentável. E as áreas próprias para construção de açudes estão mais caras que as áreas para grãos”, afirma.
No final de 2019, a produção era de 90 mil tilápias/dia. A expectativa da cooperativa é chegar a 110 mil/dia em 2020. “O Paraná é líder de produção de pescado de cultivo e ainda tem muito a crescer. O aumento da oferta deve tornar a carne de tilápia um produto acessível a um número cada vez maior de pessoas no Brasil”, espera Lang.
&lt;&lt;&lt; Leia mais sobre <a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/economia/investimento-comunicacao-cooperativas/">cooperativa aqui</a> &gt;&gt;&gt;

DeOlhoNoMercado, o blog da RPC, Afiliada Globo. Entrevistas e matérias sobre mercado, setores, boas práticas, tendências, comportamento e consumo no Paraná.

Saiba como C.Vale se posicionou entre as duas maiores cooperativas singulares do Brasil e se destacou na produção de peixes.