Ensinar combinando aprendizagens em estilo presencial e à distância é a grande aposta para o setor de educação. Trata-se do ensino híbrido, que tem ganhado cada vez mais espaço. E o modelo vale para quem está entrando pela primeira vez em uma universidade ou para quem está retomando os estudos. Mas uma coisa é certa: para não ficar para trás, em ambos os casos, é preciso dominar as ferramentas tecnológicas. 
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“A indústria já é 4.0, agora a educação está correndo atrás. Ela também precisa ser 4.0”, explica o reitor da <a href="https://www.unicesumar.edu.br/home/">UniCesumar</a>, o professor Wilson de Matos. E ele vai além: “Quem não dominar a tecnologia vai ficar fora do mercado de trabalho”, afirma.
<figure id="attachment_18169" aria-describedby="caption-attachment-18169" style="width: 853px" class="wp-caption alignnone"><a href="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/03/reitor_uniCesumar.jpeg"><img decoding="async" loading="lazy" class="size-full wp-image-18169" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/03/reitor_uniCesumar.jpeg" alt="" width="853" height="1280" /></a><figcaption id="caption-attachment-18169" class="wp-caption-text">O professor Wilson de Matos é reitor e fundador da UniCesumar. Foto: divulgação.</figcaption></figure>
A opinião é endossada pelo reitor do<a href="https://www.uninter.com/"> Centro Universitário Internacional Uninter</a>, Benhur Gaio. “Buscamos elevar o nível da qualidade dos nossos processos educacionais na mesma proporção que a tecnologia evolui”, disse Gaio.
<figure id="attachment_18171" aria-describedby="caption-attachment-18171" style="width: 4974px" class="wp-caption alignnone"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-18171 size-full" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/03/Benhur-Gaio_credito-Rodrigo-Ramirez-Cópia.jpg" alt="" width="4974" height="3321" /><figcaption id="caption-attachment-18171" class="wp-caption-text">Benhur Gaio é reitor do Centro Universitário Internacional Uninter e conversou com o De Olho no Mercado sobre as tendências no setor de educação. Foto: divulgação.</figcaption></figure></blockquote>
<h1 class="p1">Inovação</h1>
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E de que forma fazer? Adaptando universidades e alunos. Gaio explica: “Os docentes estão tendo que mudar seu posicionamento em relação à utilização de recursos mais ágeis em sua metodologia de aulas, pois os alunos cobram isso dos seus professores”, destaca. E também há os conflitos. “Há uma grande ansiedade no processo, pois o método precisa ser equilibrado”, disse. 
Na outra ponta, a universidade também oferece os seus recursos. “Utilização cada vez mais intensa dos meios on-line, semi-presencialidade em cursos de diferentes áreas, utilização de laboratórios portáteis, entre outras ferramentas”, informou o reitor da Uninter. 
A Universidade que nasceu em Curitiba, oferece, inclusive, semi-presencialidade em cursos da área de saúde, como Fisioterapia, Farmácia, Nutrição e Biomedicina, além do Técnico em Estética nesta modalidade.
Já na UniCesumar, além de aulas e conteúdos online, os alunos acessam também o “Space Spirit”, uma plataforma de inovação. “Estamos aprendendo a fazer juntos. É um lugar de criação, um grande laboratório, com inúmeras oficinas. Chamamos de espaço de ´fazer´. Os alunos precisam inovar, criando um produto ou serviço do zero ou aprimorando um processo que já existe. É uma grande startup dentro da universidade”, conta o reitor Wilson de Matos.
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“O aluno não é um agente passivo &#8211; ele precisa ser criativo e atuante. Estamos despertando isso neles e nos professores”, destacou Matos. 
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O público das modalidades presencial e semi é de 18 a 25 anos.
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<h1 class="p4">Procura por EAD </h1>
O método EAD, que é o ensino, majoritariamente, à distância, também é apontado como tendência, já que os números estão engordando. “É um desafio diferente do presencial, onde fica ainda mais evidente o investimento em tecnologia”, explica Matos. 
E o público também está um pouco diferente. “O perfil do estudante EAD sempre foi caracterizado como de idade média em torno de 32 anos. Essa realidade está sofrendo uma rápida mutação”, explica o reitor da Uninter. “Cada vez mais, jovens de vinte e poucos anos estão optando pela modalidade”, disse.  Entre os fatores que motivam essa alteração são a acessibilidade para quem precisa trabalhar e os valores mais enxutos das mensalidades. 
O reitor da Uninter usou os números da Associação Brasileira de Educação à Distância, a Abed, para exemplificar o crescimento. Segundo o órgão, há um aumento de 17% em números de alunos matriculados de 2017 para 2018 na modalidade à distância. O levantamento mostra ainda que a região do país com maior concentração de instituições é o Sudeste, que correspondente a 43%. Atualmente, 9 milhões de estudantes optam pela modalidade EAD. Inclusive, as previsões mostram que as matrículas iniciais nos cursos de graduação na modalidade EAD superarão as matrículas iniciais nos cursos presenciais em 2021.
“Em tempo de pandemia de coronavírus, a modalidade ficou ainda mais em destaque, sendo utilizada em todos os níveis educacionais”, finalizou o reitor da Uninter.
“Frente ao corona, tivemos que agir rapidamente. Nossos alunos do presencial, neste momento, estão utilizando de tecnologias remotas. Tudo isso graças a uma estrutura forte, de modelo híbrido, já preparada”, reiterou o reitor da UniCesumar.
<h1 class="p1">Educação humanizada</h1>
E tanta tecnologia pode, ao invés de conectar os alunos, afastar as relações? O engenheiro Fábio Hauagge, diretor e pró-reitor do <a href="https://www.dinamica.br/web/">Grupo Dinâmica,</a> rede de Foz de Iguaçu, afirma que não. E aposta na humanização da educação como tendência. 
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“Vejo que estar imerso nos recursos tecnológicos é quase como um pré-requisito hoje em dia. No entanto, ele não invalida a necessidade da humanização. Pelo contrário. Nossa experiência, como uma instituição familiar, nos mostra que é preciso um olhar humanizado e individual, já que cada aluno é um e cada família que ele está inserido também”, explicou.
<figure id="attachment_18217" aria-describedby="caption-attachment-18217" style="width: 834px" class="wp-caption alignnone"><a href="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/03/32ebbb39-b4d8-4add-aa5d-8721d66afcbc.jpeg"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-18217 size-full" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/03/32ebbb39-b4d8-4add-aa5d-8721d66afcbc.jpeg" alt="" width="834" height="1280" /></a><figcaption id="caption-attachment-18217" class="wp-caption-text">Fábio Hauagge é diretor e pró-reitor do Grupo Dinâmica, rede de Foz de Iguaçu. Como tendências para o setor da educação ele cita a tecnologia, a internacionalização e a humanização. Foto: divulgação.</figcaption></figure></blockquote>
O Grupo Dinâmica existe há 40 anos e nasceu a partir de uma pré-escola. Atualmente, administra colégios, centro universitário e faculdade na região, atendendo 12.500 alunos. Imerso neste universo há mais de duas décadas, Hauagge observa as transformações com entusiamo. E acredita que essa promoção de vínculo, pode ser abraçada, inclusive, internacionalmente. 
“O nosso ponto mais forte é internacionalização, em todos os níveis&#8221;, diz. Em 2019, por exemplo, mais de 50 professores de fora do país, das melhores universidades do mundo, como Harvard, participaram de convenções com os alunos e com as famílias do Dinâmica. O contrário também existe e esse intercâmbio é muito valorizado.
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 “O que aprendemos com o mundo nós trazemos para cá e vice e versa. Um exemplo: de lá trazemos a pesquisa e a tecnologia e daqui inspiramos com o nosso modelo de relacionamento, de forma segura e sólida. Essa junção é fundamental”, finaliza o pró-reitor.
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DeOlhoNoMercado, o blog da RPC, Afiliada Globo. Entrevistas e matérias sobre mercado, setores, boas práticas, tendências, comportamento e consumo no Paraná.

O Dia Internacional da Educação é comemorado em abril, no dia 28. O De Olho no Mercado conversou com especialistas sobre as tendências para o setor