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 responsiveVoice.speak("O empresário paranaense está mais confiante na crescente retomada dos negócios e vendas. É o que mostra o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), que após três meses em queda voltou a subir no mês de julho. O dado é apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e pela Fecomércio-PR. No mês de julho esse aumento foi de 7%, acima da média nacional, de 6,6%. Para Paulo Nauiack, que é vice-presidente da Fecomércio-PR, o Paraná está em uma situação melhor quando comparada a outros estados do país. Vice-presidente da Fercomércio-Pr se diz otimista com a volta dos negócios. Foto: BrunoTadashi/Fecomércio-PR “Temos algumas características que nos beneficiam, com setores fortes, como o agroindustrial. Temos produtos de ciclos, como madeira, por exemplo. E isso traz resultados muito positivos e que refletem em toda a cadeia. Além disso, temos polos regionais fortes de setores como metalmecânica, tecnologia e fármacos. São segmentos que continuaram investindo. Quando isso acontece, aquece também outros setores. Então, como temos empresas grandes com investimentos constantes, muitas cadeias não pararam mesmo na pandemia.” Ainda que os efeitos da crise do coronavírus tenham causado uma retração na economia nos meses de abril e maio, Paulo aponta que em junho as atividades começaram a retornar. E, com isso, já tivemos o início dessa retomada. “Claro que tivemos cadeias na ponta que foram mais afetadas, como é o caso dos setores de academia, restaurantes e bares, por exemplo. Mas, por outro lado, tivemos segmentos que viram as vendas subirem nos últimos meses.” José Carlos Loureiro Neto, que é presidente do Sindilojas de Ponta Grossa e secretário da Indústria e Comércio da cidade, aponta que a arrecadação na cidade caiu em 9,5% nos primeiros setes meses do ano. “Março e abril puxaram esse número para baixo. Aí em maio as vendas voltaram e isso tem aumentado progressivamente.” Ele reforça que um dos segmentos que mais sofreu com a crise foi o de eventos. Além do próprio setor, os impactos são sentidos em outros segmentos, como salões de beleza e lojas de roupas.  Além disso, toda a cadeia que envolve o funcionamento de escolas também foi bastante afetada. José Carlos Loureiro Neto: varejo de Ponta Grossa começa a dar sinais de aquecimento. Mudança de hábito de consumo Em um momento atípico, com diversas mudanças em curso – e as que ainda estão por vir – surge um novo estilo de vida de consumidor. Adotados para o período de quarentena, muitos hábitos devem continuar no pós-pandemia. É o caso da aproximação das pessoas com suas casas. Como resultado, temos mais pessoas cozinhando, mudando a decoração ou cuidando de suas hortas e jardins, por exemplo. Outras tendências que não podem ser ignoradas são o delivery e as vendas por canais digitais. Para Paulo, os empresários precisam entender essas mudanças e se adaptar. Ele reforça, ainda, o fato de que não existe uma previsão de quando as coisas vão “voltar ao normal” e que esperar por uma retomada nesse sentido não é viável. “Não adianta pensar que quando a pandemia acabar, as coisas vão voltar a ser o que eram antes porque não vão. Será um novo mercado. Um exemplo é a prática de home office. Muitas empresas já estão desocupando seus espaços e vão fazer disso algo regular. E isso já traz impacto em diversos setores.” José Carlos afirma que a expectativa é de que em setembro o comércio volte a abrir em horário normal na cidade de Ponta Grossa, contribuindo para essa retomada. “Com a volta das atividades, teremos o que está sendo chamado de \'novo normal\', já que nunca vamos voltar ao que éramos antes. As mudanças de comportamento vão continuar.” Ponta Grossa espera para setembro a volta das atividades de comércio em horário normal. Foto: Divulgação Reposicionamento Para Paulo, o momento é de reposicionamento – e isso vale para todos os setores. As empresas não devem esperar o pós-pandemia para essa análise, já que não temos uma perspectiva concreta da volta de alguns setores. “As mudanças de hábitos estão nos impactando em todos os sentidos e nós, como federação, temos que avaliar e tentar ajudar aqueles que não perceberam onde essas mudanças estão acontecendo.” Outro ponto ressaltado pelo vice-presidente da Fecomércio são os de empresas que já estavam com seu modelo de negócio ameaçado durante a pandemia. Com a crise, muitas tendências foram antecipadas e as tomadas de decisões precisaram ser feitas no curto prazo para a sobrevivência de alguns negócios. “A gente sabe que não é fácil mudar, especialmente negócios de 10, 20, 30 anos. Mas é necessário adotar uma nova estratégia para os próximos meses. A economia não voltará a ser como era.” Outra expectativa para os próximos meses é a de que no pós-pandemia aconteça uma aceleração da economia. “Temos uma percepção de que as pessoas vão querer voltar a ter essa convivência social, o que pode gerar uma boa demanda, mas isso terá o seu pico e depois irá normalizando.” De maneira geral, Paulo se diz otimista com o futuro. “Acho que ainda teremos boas surpresas até o final do ano e o ano que vem será muito promissor.”", "Brazilian Portuguese Female");
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O empresário paranaense está mais confiante na crescente retomada dos negócios e vendas. É o que mostra o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), que após três meses em queda voltou a subir no mês de julho. O dado é apurado pela <a href="http://www.cnc.org.br/">Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo</a> e pela <a href="https://www.fecomerciopr.com.br/">Fecomércio-PR</a>. No mês de julho esse aumento foi de 7%, acima da média nacional, de 6,6%.
Para Paulo Nauiack, que é vice-presidente da Fecomércio-PR, o Paraná está em uma situação melhor quando comparada a outros estados do país.
<a href="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/08/Paulo-Nauiack-Bruno-Tadashi-Fecomercio-PR.jpg"><img decoding="async" loading="lazy" class="size-full wp-image-20851" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/08/Paulo-Nauiack-Bruno-Tadashi-Fecomercio-PR.jpg" alt="Paraná se prepara para a retomada do varejo." width="636" height="636" /></a>
Vice-presidente da Fercomércio-Pr se diz otimista com a volta dos negócios. Foto: BrunoTadashi/Fecomércio-PR
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Ainda que os efeitos da crise do coronavírus tenham causado uma retração na economia nos meses de abril e maio, Paulo aponta que em junho as atividades começaram a retornar. E, com isso, já tivemos o início dessa retomada. “Claro que tivemos cadeias na ponta que foram mais afetadas, como é o caso dos setores de academia, restaurantes e bares, por exemplo. Mas, por outro lado, tivemos segmentos que viram as vendas subirem nos últimos meses.”
José Carlos Loureiro Neto, que é presidente do <a href="http://www.sindilojaspg.com.br/">Sindilojas</a> de Ponta Grossa e secretário da Indústria e Comércio da cidade, aponta que a arrecadação na cidade caiu em 9,5% nos primeiros setes meses do ano. “Março e abril puxaram esse número para baixo. Aí em maio as vendas voltaram e isso tem aumentado progressivamente.”
Ele reforça que um dos segmentos que mais sofreu com a crise foi o de eventos. Além do próprio setor, os impactos são sentidos em outros segmentos, como salões de beleza e lojas de roupas.  Além disso, toda a cadeia que envolve o funcionamento de escolas também foi bastante afetada.
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José Carlos Loureiro Neto: varejo de Ponta Grossa começa a dar sinais de aquecimento.
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<h2>Mudança de hábito de consumo</h2>
Em um momento atípico, com diversas mudanças em curso – e as que ainda estão por vir – surge um novo estilo de vida de consumidor. Adotados para o período de quarentena, muitos hábitos devem continuar no pós-pandemia. É o caso da aproximação das pessoas com suas casas. Como resultado, temos mais pessoas cozinhando, mudando a decoração ou cuidando de suas hortas e jardins, por exemplo. Outras tendências que não podem ser ignoradas são o delivery e as vendas por canais digitais.
Para Paulo, os empresários precisam entender essas mudanças e se adaptar. Ele reforça, ainda, o fato de que não existe uma previsão de quando as coisas vão “voltar ao normal” e que esperar por uma retomada nesse sentido não é viável.
“Não adianta pensar que quando a pandemia acabar, as coisas vão voltar a ser o que eram antes porque não vão. Será um novo mercado. Um exemplo é a prática de home office. Muitas empresas já estão desocupando seus espaços e vão fazer disso algo regular. E isso já traz impacto em diversos setores.”
José Carlos afirma que a expectativa é de que em setembro o comércio volte a abrir em horário normal na cidade de Ponta Grossa, contribuindo para essa retomada. “Com a volta das atividades, teremos o que está sendo chamado de &#8216;novo normal&#8217;, já que nunca vamos voltar ao que éramos antes. As mudanças de comportamento vão continuar.”
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Ponta Grossa espera para setembro a volta das atividades de comércio em horário normal. Foto: Divulgação
<h2>Reposicionamento</h2>
Para Paulo, o momento é de reposicionamento – e isso vale para todos os setores. As empresas não devem esperar o pós-pandemia para essa análise, já que não temos uma perspectiva concreta da volta de alguns setores. “As mudanças de hábitos estão nos impactando em todos os sentidos e nós, como federação, temos que avaliar e tentar ajudar aqueles que não perceberam onde essas mudanças estão acontecendo.”
Outro ponto ressaltado pelo vice-presidente da Fecomércio são os de empresas que já estavam com seu modelo de negócio ameaçado durante a pandemia. Com a crise, muitas tendências foram antecipadas e as tomadas de decisões precisaram ser feitas no curto prazo para a sobrevivência de alguns negócios. “A gente sabe que não é fácil mudar, especialmente negócios de 10, 20, 30 anos. Mas é necessário adotar uma nova estratégia para os próximos meses. A economia não voltará a ser como era.”
Outra expectativa para os próximos meses é a de que no pós-pandemia aconteça uma aceleração da economia. “Temos uma percepção de que as pessoas vão querer voltar a ter essa convivência social, o que pode gerar uma boa demanda, mas isso terá o seu pico e depois irá normalizando.” De maneira geral, Paulo se diz otimista com o futuro. “Acho que ainda teremos boas surpresas até o final do ano e o ano que vem será muito promissor.” 

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DeOlhoNoMercado, o blog da RPC, Afiliada Globo. Entrevistas e matérias sobre mercado, setores, boas práticas, tendências, comportamento e consumo no Paraná.

Varejo observa a volta progressiva das vendas; momento exige adaptação a novos hábitos de consumo