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 responsiveVoice.speak(" Imune à pandemia, o setor de construção civil continuou gerando milhares de empregos e faturando alto em 2020. Mas mesmo com o saldo positivo, viu seus dias de glória ameaçados pelo aumento do preço de insumos como é o caso da falta de aço que vem afetando fortemente principalmente a indústria automotiva.  O desafio para empresas que dependem dessas matérias-primas para fabricar seus produtos é grande, mas a expectativa por dias melhores é ainda maior.  \"Esperamos que a normalização do abastecimento aconteça ainda dentro do primeiro semestre. Com isso, voltaremos a ter um preço mais regulado dos nossos produtos. Já para o setor de construção civil em geral é esperada uma retomada das obras engavetadas em 2020.\" Para entender melhor sobre os impactos da pandemia na construção civil e mais especificamente no setor de obras metálicas, conversamos com o gerente-geral do Grupo Telhaço, Tarcísio Carlos Campanholi dos Santos. Em entrevista para o blog De Olho No Mercado, Santos comenta sobre os desafios da falta de aço no Brasil, as novidades do Grupo Telhaço e as expectativas para 2021. Confira na íntegra! Um dos principais impulsionadores do setor de construção civil é a venda de materiais de construção. Como o Grupo Telhaço contribui com esse cenário? A Telhaço pertence ao segmento de construção civil, mas está dentro de um nicho específico de obras metálicas, construções em aço. Trabalhamos não só com a venda de telha, mas também com o produto da cobertura e com toda a estrutura metálica para obras do segmento metálico.  Hoje os nossos maiores volumes de vendas são para barracões, obras industriais, empresas, indústrias e agronegócio. Mas também temos produtos complementares para aplicação por prestadores de serviço da construção civil.  Hoje temos nove unidades espalhadas pelo estado do Paraná e uma em Presidente Prudente (SP). A empresa começou em Maringá e depois foi expandindo para outras cidades paranaenses como Cascavel, Ponta Grossa, Londrina, Paranavaí, Umuarama, Campo Mourão e Toledo. Nossa mais recente unidade foi inaugurada em julho de 2020, em Pato Branco. A abertura dessas novas unidades é uma estratégia do Grupo Telhaço já de muitos anos, de estar mais próximo dos clientes. Hoje, atendemos 100% do estado do Paraná com entregas em frota própria e também os municípios localizados em um raio de 150 km de Presidente Prudente.  Qual balanço você faria do ano de 2020? Por mais que o Brasil seja hoje o nono maior produtor de aço do mundo, a pandemia causou um descompasso na produção e abastecimento do aço em nível mundial. Somado a isso, tivemos ainda a desvalorização do real e a alta do dólar que, foi significativa de janeiro para cá.  Com esse cenário, as usinas brasileiras que são poucas - duas ou três - foram impulsionadas a exportar aço. Isso ocasionou uma falta de material, falta de aço generalizada em todos os segmentos que usam o aço no Brasil. Todas as indústrias veem sofrendo com a falta de aço durante o ano. E isso se agravou a partir do segundo semestre.  Como a falta de aço impactou no volume de vendas do Grupo Telhaço? Nosso volume de vendas, até junho, julho, teve um crescimento relevante, mas com a questão do desabastecimento e da falta de material tivemos um segundo semestre ruim. A falta de produto e todo esse cenário gerou um aumento de preço fora do normal. Em 26 anos de Telhaço nunca aconteceu o que aconteceu esse ano: em uma média o nosso produto dobrou de preço de janeiro para cá.  Tivemos crescimento no faturamento, mas queda em volume. E o mesmo acontece com outras empresas que trabalham com aço. No setor de construção civil isso é geral. Basta conversar com quem trabalha com cimento, com concreto, com tijolo… Tem muita coisa que realmente dobrou de preço, como aconteceu com o aço. E isso desencadeou uma situação crítica. O investidor, que é o empresário que ia construir ou ampliar sua empresa, teve que segurar as obras devido a esse aumento dos preços dos produtos. Muitos investidores estão esperando os preços dos materiais se normalizarem para que possam seguir em frente. Afinal, não está previsto no orçamento de ninguém contar com o dobro do custo do material. E isso impacta na mão de obra. Todas as vezes que o produto sobe, a mão de obra sobe, o custo do imóvel pronto sobe e isso gera uma cadeia toda de aumentos.  É possível prever a normalização do abastecimento do aço no Brasil? A normalização do abastecimento só deverá acontecer no primeiro semestre de 2021. Uma vez que o abastecimento voltar ao normal, eu acredito que o preço da matéria-prima venha a ter uma queda. Talvez não volte ao patamar que estava no começo do ano, mas esperamos que fique mais estável e a gente possa retomar a confiança dos investidores para que voltem a realizar grandes obras. O que você percebeu de mudança de comportamento no mercado, do início do ano para cá? O consumidor em geral, ele teve uma mudança de comportamento. Ele foi para os meios digitais, ele investiu em tecnologia e aprendeu a lidar melhor com ela devido à pandemia.  A Telhaço sempre atendeu via delivery, sempre fez entregas, o que é um grande diferencial desde o início. A gente tem um telemarketing muito forte, também atendemos via WhatsApp e em outros meios digitais. Então, isso não é novidade. A gente já usava desses recursos, já atendia dessa maneira há muitos anos.  Mas, atentos a toda essa mudança, temos investimentos acontecendo na área digital e teremos novidades em 2021. De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o “boom” na construção civil deverá continuar por 5 ou 10 anos. Quais as expectativas para 2021? Para o próximo ano as expectativas são as melhores. Esperamos que a normalização do abastecimento aconteça ainda dentro do primeiro semestre. Com isso, voltaremos a ter um preço mais regulado dos nossos produtos. Também acreditamos que todos aqueles investimentos que foram engavetados no ano de 2020 voltem a acontecer em 2021.  A empresa está muito otimista para 2021. Estamos nos estruturando para melhorar cada vez mais os nossos processos e equipe para que possamos estar preparados para atender toda essa demanda e expectativa para o ano que vem aí. Quer receber nossa newsletter semanal? Inscreva-se aqui!", "Brazilian Portuguese Female");
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  Imune à pandemia, o setor de construção civil continuou gerando milhares de empregos e faturando alto em 2020. Mas mesmo com o saldo positivo, viu seus dias de glória ameaçados pelo aumento do preço de insumos como é o caso da falta de aço que vem afetando fortemente principalmente a indústria automotiva. 
O desafio para empresas que dependem dessas matérias-primas para fabricar seus produtos é grande, mas a expectativa por dias melhores é ainda maior. 
<blockquote>&#8220;Esperamos que a normalização do abastecimento aconteça ainda dentro do primeiro semestre. Com isso, voltaremos a ter um preço mais regulado dos nossos produtos. Já para o setor de construção civil em geral é esperada uma retomada das obras engavetadas em 2020.&#8221;
<a href="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/12/Tarcísio-Carlos-Campanholi-dos-Santos-gerente-geral-no-Grupo-Telhaço.png"><img decoding="async" loading="lazy" class="alignnone wp-image-22711" title="Tarcísio Carlos Campanholi dos Santos, gerente geral no Grupo Telhaço" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/12/Tarcísio-Carlos-Campanholi-dos-Santos-gerente-geral-no-Grupo-Telhaço.png" alt="Tarcísio Carlos Campanholi dos Santos, gerente geral no Grupo Telhaço" width="500" height="500" /></a></blockquote>
Para entender melhor sobre os impactos da pandemia na construção civil e mais especificamente no setor de obras metálicas, conversamos com o gerente-geral do <a href="http://www.telhaco.com.br/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Grupo Telhaço</a>, Tarcísio Carlos Campanholi dos Santos.
Em entrevista para o blog De Olho No Mercado, Santos comenta sobre os desafios da falta de aço no Brasil, as novidades do Grupo Telhaço e as expectativas para 2021. Confira na íntegra!
<h2>Um dos principais impulsionadores do setor de construção civil é a venda de materiais de construção. Como o Grupo Telhaço contribui com esse cenário?</h2>
A Telhaço pertence ao segmento de construção civil, mas está dentro de um nicho específico de obras metálicas, construções em aço. Trabalhamos não só com a venda de telha, mas também com o produto da cobertura e com toda a estrutura metálica para obras do segmento metálico. 
Hoje os nossos maiores volumes de vendas são para barracões, obras industriais, empresas, indústrias e agronegócio. Mas também temos produtos complementares para aplicação por prestadores de serviço da construção civil. 
Hoje temos nove unidades espalhadas pelo estado do Paraná e uma em Presidente Prudente (SP). A empresa começou em Maringá e depois foi expandindo para outras cidades paranaenses como Cascavel, Ponta Grossa, Londrina, Paranavaí, Umuarama, Campo Mourão e Toledo. Nossa mais recente unidade foi inaugurada em julho de 2020, em Pato Branco.
<blockquote>A abertura dessas novas unidades é uma estratégia do Grupo Telhaço já de muitos anos, de estar mais próximo dos clientes. Hoje, atendemos 100% do estado do Paraná com entregas em frota própria e também os municípios localizados em um raio de 150 km de Presidente Prudente. </blockquote>
<figure id="attachment_22712" aria-describedby="caption-attachment-22712" style="width: 1280px" class="wp-caption alignnone"><a href="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/12/Nova-Unidade-da-Telhaço-em-Pato-Branco-PR-1.jpeg"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-22712 size-full" title="A mais nova unidade da Telhaço foi inaugurada em 2020, em Pato Branco (PR). Crédito: Divulgação." src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/12/Nova-Unidade-da-Telhaço-em-Pato-Branco-PR-1.jpeg" alt="A mais nova unidade da Telhaço foi inaugurada em 2020, em Pato Branco (PR). Crédito: Divulgação." width="1280" height="720" /></a><figcaption id="caption-attachment-22712" class="wp-caption-text">A mais nova unidade da Telhaço foi inaugurada em 2020, em Pato Branco (PR). Crédito: Divulgação.</figcaption></figure>
<h2>Qual balanço você faria do ano de 2020?</h2>
Por mais que o Brasil seja hoje o nono maior produtor de aço do mundo, a pandemia causou um descompasso na produção e abastecimento do aço em nível mundial. Somado a isso, tivemos ainda a desvalorização do real e a alta do dólar que, foi significativa de janeiro para cá. 
Com esse cenário, as usinas brasileiras que são poucas &#8211; duas ou três &#8211; foram impulsionadas a exportar aço. Isso ocasionou uma falta de material, falta de aço generalizada em todos os segmentos que usam o aço no Brasil. Todas as indústrias veem sofrendo com a falta de aço durante o ano. E isso se agravou a partir do segundo semestre. 
<h2>Como a falta de aço impactou no volume de vendas do Grupo Telhaço?</h2>
Nosso volume de vendas, até junho, julho, teve um crescimento relevante, mas com a questão do desabastecimento e da falta de material tivemos um segundo semestre ruim.
A falta de produto e todo esse cenário gerou um aumento de preço fora do normal. Em 26 anos de Telhaço nunca aconteceu o que aconteceu esse ano: em uma média o nosso produto dobrou de preço de janeiro para cá. 
Tivemos crescimento no faturamento, mas queda em volume. E o mesmo acontece com outras empresas que trabalham com aço.
No setor de construção civil isso é geral. Basta conversar com quem trabalha com cimento, com concreto, com tijolo… Tem muita coisa que realmente dobrou de preço, como aconteceu com o aço. E isso desencadeou uma situação crítica. O investidor, que é o empresário que ia construir ou ampliar sua empresa, teve que segurar as obras devido a esse aumento dos preços dos produtos.
Muitos investidores estão esperando os preços dos materiais se normalizarem para que possam seguir em frente. Afinal, não está previsto no orçamento de ninguém contar com o dobro do custo do material. E isso impacta na mão de obra. Todas as vezes que o produto sobe, a mão de obra sobe, o custo do imóvel pronto sobe e isso gera uma cadeia toda de aumentos. 
<h2>É possível prever a normalização do abastecimento do aço no Brasil?</h2>
<blockquote>A normalização do abastecimento só deverá acontecer no primeiro semestre de 2021. Uma vez que o abastecimento voltar ao normal, eu acredito que o preço da matéria-prima venha a ter uma queda. Talvez não volte ao patamar que estava no começo do ano, mas esperamos que fique mais estável e a gente possa retomar a confiança dos investidores para que voltem a realizar grandes obras.</blockquote>
<h2>O que você percebeu de mudança de comportamento no mercado, do início do ano para cá?</h2>
O consumidor em geral, ele teve uma mudança de comportamento. Ele foi para os meios digitais, ele investiu em tecnologia e aprendeu a lidar melhor com ela devido à pandemia. 
A Telhaço sempre atendeu via delivery, sempre fez entregas, o que é um grande diferencial desde o início. A gente tem um telemarketing muito forte, também atendemos via WhatsApp e em outros meios digitais. Então, isso não é novidade. A gente já usava desses recursos, já atendia dessa maneira há muitos anos. 
Mas, atentos a toda essa mudança, temos investimentos acontecendo na área digital e teremos novidades em 2021.
<h2>De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o “boom” na construção civil deverá continuar por 5 ou 10 anos. Quais as expectativas para 2021?</h2>
Para o próximo ano as expectativas são as melhores. Esperamos que a normalização do abastecimento aconteça ainda dentro do primeiro semestre. Com isso, voltaremos a ter um preço mais regulado dos nossos produtos. Também acreditamos que todos aqueles investimentos que foram engavetados no ano de 2020 voltem a acontecer em 2021. 
A empresa está muito otimista para 2021. Estamos nos estruturando para melhorar cada vez mais os nossos processos e equipe para que possamos estar preparados para atender toda essa demanda e expectativa para o ano que vem aí.
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DeOlhoNoMercado, o blog da RPC, Afiliada Globo. Entrevistas e matérias sobre mercado, setores, boas práticas, tendências, comportamento e consumo no Paraná.

Confira os principais desafios da falta de aço no Brasil, além de um balanço de 2020 e expectativas para 2021.