Brasileiro é apaixonado por carro. Prova disso é que o nosso país tem um dos índices mais altos de intenção de compra: 83% dos consumidores pretendem adquirir um veículo automotivo nos próximos cinco anos, de acordo com o <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/o-ano-comecou-apostas-e-tendencias-de-negocios-para-2016/" target="_blank" rel="noopener">guia de tendências</a> do SEBRAE. Curitiba é a cidade que mais alimenta o setor no Paraná &#8211; e no Brasil! Hoje, segundo dados do Detran-PR, há 1,33 habitante para cada veículo na capital paranaense – na década de 1970 a relação era de 4,52 habitantes por veículo. O número eleva Curitiba ao título de capital mais motorizada do país, seguida de Florianópolis, Belo Horizonte e São Paulo.
Até 2010, todos os dias cerca de 160 novos carros entravam em circulação na capital. No entanto, nos últimos três anos, o número de emplacamentos passou a registrar queda: de janeiro de 2015 a janeiro de 2016 houve diminuição de 30%. Mas isso não significa que os paranaenses têm deixado de comprar. Pelo contrário. Agora, os consumidores têm procurado comprar carros mais populares e/ou  seminovos.
<h2>O consumo não para!</h2>
De acordo com a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), 2015 teve saldo bastante positivo na compra e venda de usados: foram 4.035.316 unidades comercializadas, contra 3.019.558 em 2014, um crescimento de 33% em todo o país.
<figure id="attachment_4700" aria-describedby="caption-attachment-4700" style="width: 1000px" class="wp-caption aligncenter"><a href="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/04/RPC-Automotivo-consorcios.jpg"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-4700 size-full" src="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/04/RPC-Automotivo-consorcios.jpg" alt="RPC Automotivo consorcios" width="1000" height="658" /></a><figcaption id="caption-attachment-4700" class="wp-caption-text">Mercado de carros seminovos sente os efeitos da recessão com otimismo: em busca de veículos mais baratos, que caibam no orçamento, população aposta em carros usados</figcaption></figure>
Antônio Gilberto Deggerone, vice-presidente da Assovepar, explica que agora o consumidor tem optado comprar seminovos com até três anos de uso. “A quilometragem normalmente ainda está baixa e a conservação em bom estado”, afirma. Além disso, a vantagem é que o consumidor pode comprar um carro mais completo. Para Deggerone, o momento é de otimismo, já que o consumidor tem olhado a compra de seminovos com outros olhos. “Como acabou a política do IPI reduzido, o seminovo veio crescendo, em média, 2% ao ano. Temos nos recuperado bem”, acredita.
<h2>Consórcio: investimento saudável a longo prazo</h2>
De acordo com a Associação Brasileira de Administradores de Consórcio (Abac), a venda de consórcios de veículos leves cresceu 11% em número de cotas e 10% em volume financeiro de créditos comercializados no Brasil. Para Volnei Pinheiro, sócio-proprietário da Schwarz e Pinheiro Ltda. -M V Comércio de Veículos e Intermediação de Consórcio, em Pinhais, no ano passado este modelo de compra obteve resultados melhores que os financiamentos bancários. “As negociações são flexíveis e as taxas são inferiores. Além disso, se o cliente não quiser retirar o veículo quando for contemplado, o valor total do bem ou do crédito se torna uma aplicação e o rendimento é superior ao da poupança”, avalia Pinheiro.
<figure id="attachment_4702" aria-describedby="caption-attachment-4702" style="width: 268px" class="wp-caption alignleft"><a href="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/04/RPC-Automotivo-Volnei-Pinheiro.jpg"><img decoding="async" loading="lazy" class="size-medium wp-image-4702" src="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/04/RPC-Automotivo-Volnei-Pinheiro-268x300.jpg" alt="Volnei Pinheiro explica que o financiamento bancário para seminovos pode apresentar um encargo grande ao comprador, dependendo do modelo. &quot;As taxas para comprar um semi-novo por financiamento bancário podem ser o dobro do que na hora de comprar um veículo 0km. O consórcio tem essa vantagem: a taxa de administração é inferior&quot;" width="268" height="300" /></a><figcaption id="caption-attachment-4702" class="wp-caption-text">Volnei Pinheiro explica que o financiamento bancário para seminovos pode apresentar um encargo grande ao comprador, dependendo do modelo. &#8220;As taxas para comprar um seminovo por financiamento bancário podem ser o dobro do que na hora de comprar um veículo 0km. O consórcio tem essa vantagem: a taxa de administração é inferior&#8221;</figcaption></figure>
Pinheiro conta que tem sido bastante perceptível o crescimento na procura por consórcio nos últimos meses. Para ele, o que explica é que a longo prazo investir em um consórcio tem se mostrado um projeto de aplicação de valor mais seguro. “Os carros populares proporcionalmente tem perdido venda em relação aos médios e de luxo. Em quantidade, vendem mais, mas o consumidor tem preferido investir em qualidade e conforto. Aí ele faz a entrega do veículo antigo para ajudar na compra”, explica.
<h2>Locadoras aproveitam o embalo!</h2>
Vânia Matucheski, gerente de contas da CVL Aluguel de Carros, em Ponta Grossa, acredita que, apesar de o momento econômico não estar tão favorável as locadoras encontram <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/casa-e-decoracao-setor-de-moveis-encontra-oportunidades-para-2016/" target="_blank" rel="noopener">boas oportunidades</a> pela flexibilidade de novos negócios. “A cada 18 meses, em média, renovamos a frota. Para as locadoras, é essencial trabalhar com carros 0km. E aí revendemos os carros com até 3 anos de uso”, afirma.
No momento, há cinco carros da locadora à espera de reaproveitamento em outra loja do grupo, especializada em revenda de carros. “Conforme a necessidade vamos renovando a frota”, conta. O carro que tem sido mais procurado pelos clientes, explica Vânia, são as pick-ups, já que a <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/onde-investir-em-2016-nos-campos-gerais-do-parana/" target="_blank" rel="noopener">região de Ponta Grossa</a> tem como um dos fortes econômicos a agricultura. “Nossos maiores clientes são empresas. Pessoas físicas, normalmente, só as que precisam de um carro reserva. E aí são as seguradoras que intermediam o contato”, afirma.
<h2>Nova lei do desmanche beneficia o setor de seguros e consumidores</h2>
As seguradoras também encontram <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/diretor-da-ipc-fala-sobre-o-potencial-de-consumo-do-parana/" target="_blank" rel="noopener">oportunidade para conseguir mais clientes</a>. Desde o dia 1° de abril, passaram a valer as novas normas para o seguro popular de automóveis. Com isso, fica liberado o reaproveitamento de peças de veículos oriundas de desmontagem e reparos, mas com uma condição: as peças não podem ser reaproveitadas quando a sua inutilização estiver envolvida com a segurança dos passageiros do veículo anterior, como o sistema de freios, suspensão, cintos de segurança, entre outros. O principal mercado serão os usuários de veículos com mais de cinco anos de uso, mas, de acordo com a lei, a oferta do seguro não estará restrita só a este público.
Na cobertura mínima exigida por esta nova modalidade de seguro, o consumidor recebe a garantia de indenização integral por danos causados ao carro por colisão. Além disso, o consumidor pode agora optar, quando houver só danos parciais, entre a utilização de oficinas de sua escolha, não só às que estiverem credenciadas pela seguradora.
Hoje, o custo médio para manutenção &#8211; despesas com gasolina, seguro e reparos eventuais &#8211; de um veículo automotivo gira em torno de R$ 11 mil por ano. Com a oferta deste novo seguro, a expectativa é que o bolso do consumidor desafogue um pouco. &#8220;Quando o cliente compra um carro, ele compra todos os tributos que estão embutidos na compra: combustível, impostos e os serviços que eventualmente vão aparecer. É nossa missão orientar o consumidor a comprar o veículo que atenda suas necessidades sem agredir o financeiro&#8221;, finaliza Deggerone.
Vamos juntos encontrar melhores soluções para o consumidor brasileiro?
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DeOlhoNoMercado, o blog da RPC, Afiliada Globo. Entrevistas e matérias sobre mercado, setores, boas práticas, tendências, comportamento e consumo no Paraná.

O paranaense continua comprando carro, mesmo diante do cenário econômico atual. A diferença é que agora a busca é por veículos seminovos. Outra opção que cai no gosto (e no bolso) da população é o consórcio. Saiba mais sobre estas oportunidades!