Latam Retail Show: Velocidade de transformação aumenta desafios da gestão entre diferentes gerações
Trabalhar em equipes formadas por uma diversidade de perfis geracionais é o desafio enfrentado pelos profissionais no mercado atual
Baby boomers, gerações X, Y (millennials) e Z. Diversos são os perfis profissionais que compartilham o mercado de trabalho atual. A coexistência etária sempre existiu, mas, na modernidade, o diferencial é a velocidade com a qual essas transformações e mudanças comportamentais se estabelecem.
Nesse cenário, as adaptações são necessárias para permanecer ativo no mercado. Como líderes e colaboradores trabalham com equipes formadas por diferentes gerações? Essa foi a problemática levantada no painel “Tecnologia, modernidade e comportamento: os desafios dos novos modelos de gestão”, da Latam Retail Show. A roda de conversas incluiu sete gestores do setor de tecnologia, e teve a mediação do editor chefe da CNN Educação, Rodrigo Maia.

O desafio da gestão
É consenso entre os profissionais: para uma boa gestão da equipe é preciso se adaptar, aprender e compartilhar com os diversos perfis profissionais. “Você vai ter que trabalhar com gerações diferentes e saber tratar cada uma das pessoas”, afirma o Head de Digital da Petz, Fernando Diniz.
No entanto, na prática, isso é desafiador. Diniz coloca que essa gestão tem início na formação da equipe, com a seleção de perfis que conectem o propósito do negócio. Ainda, é importante personalizar o tratamento com cada colaborador.
“O gestor que tenta generalizar o tratamento é porque ele tem dificuldade na gestão de pessoas. É importante entender as características de cada equipe. E, assim, buscar profissionais com um mindset alinhado à equipe. Esse alinhamento já na entrada é muito importante”, destaca Diniz.
Qual o perfil profissional do futuro?
Não apenas os gestores precisam de flexibilidade para coordenar a equipe, os colaboradores também devem estar atentos às transformações do mercado. Segundo Carlos Carvalho, diretor executivo de negócios da Truppe!, as empresas buscam por profissionais engajados com novas ideias e com visão digital. Essas são características dos millennials. Mas também preferem profissionais que busquem a permanência e valorizem um plano de carreira, comportamento da geração X. “Eu enxergo que as empresas querem um pouco da estabilidade da geração X e um pouco da adaptabilidade do millennial”, afirma.
Outra tendência do mercado é a busca por profissionais com formação multidisciplinar. “Um profissional generalista, híbrido, que junta várias ciências do conhecimento para poder complementar a equipe”, explica Julierme Arrais, CTO do Grupo Level.

Cultura além da técnica
A CPO da Oba Hortifruti, Thais Lino, destaca que nem sempre é fácil localizar profissionais com esse modelo de formação. Nesse caso, os gestores têm buscado pessoas que se adequem à cultura organizacional da empresa, mais do que apenas especialistas. “O que a gente tem feito é buscar pessoas que tenham características como adaptabilidade, interesse, aptidão ao risco, iniciativa. Nessa pessoa você consegue trabalhar skills técnicos”, explica.
É o que também destaca Marcelo Alexandre, CIO da Poliedro Educação, na tendência de priorizar por profissionais flexíveis e comunicadores. Essas características são importantes para uma relação mais integrada e positiva da equipe.
“Alguns skills técnicos você treina e capacita. Mas o lado cultural, o modo de pensar e agir, é mais difícil mudar. O mundo não é técnico, é entender de cultura, colaboração e formas de relacionar”, afirma Alexandre.
Segundo os gestores, esse perfil profissional, mais disposto à colaboração e formação relacional, é a chave para chegar a um equilíbrio, mesmo entre diferentes gerações. Como afirma Lino, “o positivo dessa mistura é trabalhar com o que cada um tem de bom e o que você pode tirar disso como aprendizado.”
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