Dados recentes de uma pesquisa da <a href="https://www.gallup.com/home.aspx" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Gallup Poll</a> relevam que 64% dos executivos brasileiros gostariam de trabalhar com outra coisa e que 40% das pessoas em geral estão infelizes no trabalho. Esse fato está associado a outra realidade assustadora: 11,5 milhões de cidadãos brasileiros têm depressão e 18,6 milhões sofrem de ansiedade. Além disso, a cada ano, são diagnosticados 600 mil novos casos de câncer no país.
As estatísticas provam que o sistema que sustentamos até hoje não funciona. Fala-se muito em evolução, praticidade, desenvolvimento tecnológico e transformação digital, mas a verdade é que as pessoas estão carentes, confusas e doentes. Diante desse paradoxo, as lideranças e os empresários precisam rever seu papel na sociedade e promover mudanças fundamentais, reconhecendo que, no fundo, todo mundo só quer uma coisa: ser feliz.
<h1>Verdadeiros líderes</h1>
<img decoding="async" loading="lazy" class="alignnone wp-image-26251" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2021/09/patagonia.png" alt="" width="600" height="322" />
A<a href="https://www.patagonia.com/home/" target="_blank" rel="noopener noreferrer"> Patagonia</a>, organização norte-americana que atua no mercado high end de vestuário outdoor, cresce completamente conectada com as questões ambientais. Uma das preocupações do fundador, <a href="https://www.forbes.com/profile/yvon-chouinard/?sh=350518d34fb5" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Yvon Chouinard</a>, é o bem-estar e a saúde dos funcionários. Por isso, ele decidiu estabelecer a sede da empresa ao lado de uma praia, incentivando que sua equipe vá “pegar uma onda” nos intervalos, para relaxar e se inspirar.
A Patagonia é um exemplo perfeito de empresa humanizada e Chouinard, de líder com senso de coletividade e responsabilidade. “Liderança é sobre pessoas, é cuidar das pessoas. É promover um ambiente de trabalho feliz”, considera <a href="https://www.linkedin.com/in/pauloalassal/?originalSubdomain=br" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Paulo Al Assal</a>, CEO e fundador da <a href="http://www.evolvsoul.com/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Evolv</a> e um dos curadores do painel Branding do futuro: o que são empresas evoluídas, realizado no dia 16 de setembro, durante o Latam Retail Show, maior evento de varejo e consumo da América Latina.
<h1>Empresas com propósito</h1>
Para Assal, a razão de existir dos negócios deveria estar muito além de ganhar dinheiro: eles precisam ser humanizados – esse é o verdadeiro significado de “evolução”. Quando se fala em “darwinismo das marcas”, portanto, é para explicar que, assim como na natureza, no mundo dos negócios não é o mais forte que sobrevive, mas aquele que se adapta continuamente, transformando-se para viver nesta nova era, a era da consciência.
“O planeta e a sociedade estão em transição. É por isso que temos que repensar o propósito em nossas empresas”, diz <a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/latam-2021/estrategias-de-expansao-global-no-pos-crise/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Luiz Alberto Marinho</a>, sócio-diretor da <a href="https://gouveaecosystem.com/consultoria-para-shopping-centers/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Gouvêa Malls</a> e também curador do bate-papo. Segundo ele, diferentemente dos cidadãos da Geração X, hoje com 40 anos, os da Geração Z, jovens, são preocupados com questões socioambientais. Por isso, querem produtos de marcas que são responsáveis, respeitam as diferenças e têm propósito.
<img decoding="async" loading="lazy" class="size-full wp-image-26255 alignnone" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2021/09/o-propósito-não-precisa-ser-romantizado-ou-superambicioso-–-ao-contrário-pode-ser-algo-mais-pragmático-que-impacta-localmente.png" alt="" width="600" height="400" />
<a href="https://www.linkedin.com/in/fabiana-fragiacomo-311ba28/?originalSubdomain=br" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Fabiana Fragiacomo</a>, head de Marketing do <a href="https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br.html" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Instituto Ayrton Senna</a>, explica que o propósito não precisa ser romantizado ou superambicioso – ao contrário, pode ser algo mais pragmático, que impacta localmente. Para ela, é fundamental que as empresas entendam que elas fazem parte de um organismo, do qual tiram matéria-prima e ao qual devolvem um produto de valor agregado. “Precisamos olhar esse ciclo e nos responsabilizar. A discussão não é só sobre o consumidor, o funcionário e a nova geração”.
<h1>Felicidade: investimento consciente</h1>
A psicologia positiva afirma que aquilo que é considerado normal nas empresas não é necessariamente o que faz bem para as pessoas. É devido a essa distorção que há tantos problemas de ansiedade e depressão na sociedade. Ao contrário do que acontece na maioria das empresas, os funcionários precisam ter segurança psicológica, sentir-se leves e saber que podem ser eles mesmos.
“Investir na felicidade das pessoas significa torná-las mais engajadas, mais criativas. Mas que isso aconteça por humanidade, por compaixão, e não por interesse no lucro”, avalia João Paulo Pacífico, CEO ativista do Grupo Gaia, que desde 2009 atua com a missão de ressignificar o conceito de sucesso no mercado financeiro, tendo como pilares a felicidade e o impacto socioambiental.
Outro expert que participou do painel sobre branding do futuro foi o atual presidente do Grupo Ri Happy, o executivo Ronaldo Pereira Junior, para quem a questão ambiental também é de grande preocupação. “A gente precisa se importar com a quantidade de plástico que produzimos em nosso setor. Não é o cliente que tem que tratar disso; somos nós”. Além disso, ele conta que trabalha com a missão de ajudar as crianças a construir um país melhor.
Confira a cobertura completa da Latam Retail Show 2021 no De Olho no Mercado:
<a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/latam-2021/2021-09-16-latam-2021-projecoes-para-o-consumo-pos-pandemia/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">&gt;&gt; Latam Retail Show: Projeções para o consumo pós-pandemia</a>
<a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/latam-2021/2021-09-16-latam-retail-show-live-commerce-populariza-no-brasil/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">&gt;&gt; Latam Retail Show: live commerce, tendência na China, começa a se popularizar no Brasil</a>
<a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/latam-2021/2021-09-16-loja-fisica-como-espaco-de-experiencia-digital/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">&gt;&gt;&gt; Latam Retail Show: A loja física como espaço de experiência digital</a>

DeOlhoNoMercado, o blog da RPC, Afiliada Globo. Entrevistas e matérias sobre mercado, setores, boas práticas, tendências, comportamento e consumo no Paraná.

Branding do futuro reconhece as mudanças sociais, cuida das pessoas e melhora o mundo; no fundo, todo mundo só quer uma coisa: ser feliz