<p>Na economia capitalista tradicional, estávamos acostumados à lógica do peixe grande que devora o pequeno. De repente, negócios como Uber e Airbnb introduzem um novo raciocínio: a do peixe mais rápido que come o mais lento. Bem-vindo ao mundo da tecnologia, do acesso ilimitado à informação e das iniciativas centradas na sustentabilidade. Isto está transformando a maneira como consumimos e como nos relacionamos economicamente.  A era do consumo predatório parece estar com seus dias contados para dar lugar a um comportamento mais comprometido e consciente, voltado ao bem-estar coletivo.</p>
<figure id="attachment_7971" aria-describedby="caption-attachment-7971" style="width: 200px" class="wp-caption alignright"><a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/wp-content/uploads/2016/09/Ricardo-Dória-fundador-da-Aldeia-Coworking-e-co-fundador-dA-Grande-Escola.jpg"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-7971 size-medium" title="RPCeconomiacolaborativa" src="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/wp-content/uploads/2016/09/Ricardo-Dória-fundador-da-Aldeia-Coworking-e-co-fundador-dA-Grande-Escola-200x300.jpg" alt="RPCeconomiacolaborativaRicardodoria" width="200" height="300" /></a><figcaption id="caption-attachment-7971" class="wp-caption-text">Ricardo Dória, fundador da Aldeia Coworking e co-fundador d&#8217;A Grande Escola</figcaption></figure>
<p>Para o fundador da Aldeia Coworking e co-fundador d&#8217;A Grande Escola, Ricardo Dória, a <a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/economia/economia-colaborativa-bem-vindo-a-era-da-informacao-e-colaboracao/">economia colaborativa</a> se faz de negócios que já não visam a concorrência entre si, mas a cooperação: “Este pensamento gera mais acessibilidade às coisas que antes eram restringidas pela noção de posse”. Possuir já não importa mais, compartilhar, sim! É assim que potencializamos a riqueza dos nossos recursos e diminuímos os desperdícios. Se você parar para pensar, a conta bate. Para tornar a matemática mais clara, é só analisar o famoso caso do Uber: pessoas que não possuem carro podem ter acesso ao meio de transporte de forma barata e pessoas que possuem carro podem monetizar seu recurso. “Com o Uber existe colaboração entre as duas partes e a redução de desperdícios, quantos carros parados são postos em movimento de uma forma rentável? ”, questionou Dória.</p>
<p>Dória ressalta que este conceito modifica o comportamento social, estabelece relações mais amistosas e indenitárias entre os membros de uma comunidade e torna a economia mais eficiente, capaz de distribuir melhor seus recursos. “A economia colaborativa coloca as pessoas no centro e lhes dá acesso a coisas que antes elas não podiam ter”.</p>
<h5><strong>Pessoal, vamos interagir!</strong></h5>
<p>Com a colaboração existe uma mudança chave no pensamento econômico e social: a monetarização das coisas perde espaço para a interação, para a <a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/marketing/quer-se-tornar-uma-marca-amada-leia-estes-conselhos/" target="_blank" rel="noopener">v</a><a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/marketing/quer-se-tornar-uma-marca-amada-leia-estes-conselhos/">alorização do humano</a> e para a troca de experiências.</p>
<figure id="attachment_7981" aria-describedby="caption-attachment-7981" style="width: 150px" class="wp-caption alignleft"><a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/wp-content/uploads/2016/09/Bruna-Castro-super-hostess-da-Airbnb-1.jpg"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-7981 size-thumbnail" title="RPCeconomiacolaborativa" src="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/wp-content/uploads/2016/09/Bruna-Castro-super-hostess-da-Airbnb-1-150x150.jpg" alt="RPCeconomiacolaborativa " width="150" height="150" /></a><figcaption id="caption-attachment-7981" class="wp-caption-text">Bruna Castro, super hostess da Airbnb</figcaption></figure>
<p>A super hostess da Airbnb, Bruna Castro, explicou que a economia colaborativa promove a descentralização do capital e se concentra em gerar soluções para problemas sociais e ambientais através da troca de serviços e objetos, através do compartilhamento: “ A descentralização aumenta a distribuição de renda, muda o comportamento social e privilegia pessoas e não grandes grupos ou corporações”.</p>
<p>E se compartilhar é a estratégia de mercado da economia colaborativa, confiança é a sua moeda. Uma vez que os recursos passam a ser compartilhados e a posse deixa de ser uma barreira entre pessoas, a confiança se torna o ponto principal deste relacionamento. “O grande ativo destes negócios é o review, a experiência positiva que um usuário compartilha com outros”.</p>
<p>Para Bruna, este conceito resgata o compartilhamento e o relacionamento entre pessoas, traz mais <a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/comportamento/o-futuro-nao-tao-distante-do-consumo-parte-2/">proximidade e consciência</a>, fomenta o desenvolvimento do consumo racional e valoriza as economias locais: “As pessoas estão buscando um estilo de vida mais simples e engajado, no qual possam se relacionar e se desenvolver juntas. A tendência conhecer quem produz e valorizar o que está pertinho da gente”.</p>
<h5><strong>Uma nova era</strong></h5>
<p>Sim, o mundo mudou e o comportamento de seus habitantes também: “ As pessoas estão procurando se relacionar de uma forma diferente com as marcas e empresas”, é no que acredita a diretora de inovação da Natura, Luciana Hashiba.</p>
<figure id="attachment_7979" aria-describedby="caption-attachment-7979" style="width: 150px" class="wp-caption alignleft"><a href="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/wp-content/uploads/2016/09/Luciana-Hashiba-diretora-de-inovação-da-Natura-1.jpg"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-7979 size-thumbnail" title="RPCeconomiacolaborativa" src="https://deolhonomercado-old.stagingsite.pro/wp-content/uploads/2016/09/Luciana-Hashiba-diretora-de-inovação-da-Natura-1-150x150.jpg" alt=" " width="150" height="150" /></a><figcaption id="caption-attachment-7979" class="wp-caption-text">Luciana Hashiba, diretora de inovação da Natura</figcaption></figure>
<p>Agora o alicerce econômico não é mais o consumo desenfreado, mas a cooperação e a experimentação entre pessoas, cada vez mais engajadas em causas sociais, preocupadas em impactar menos o meio ambiente e colaborar mais com seu entorno.</p>
<p>Às corporações resta se adaptarem a esta nova realidade, acompanhar estas transformações, estarem sensíveis as novas formas de fazer negócios, que pressupõe preocupação com o coletivo e criação de marcas mais empáticas às problemáticas sociais e a geração de soluções: “As pessoas esperam negócios mais sustentáveis e inovadores. Elas querem mais propósito em seu consumo e as empresas precisam estar atentas a isto”, alertou Luciana.</p>
<p>Para isto, é preciso conhecer o outro. Informações sobre consumo têm uma relevância muito grande: “É preciso analisar quem está pronto para comprar o seu produto, quais são os motivadores, como estes consumidores querem ser reconhecidos, como querem ser encontrados”.</p>
<p>Estamos construindo um lugar melhor para viver? Só o futuro dirá. Mas vamos juntos pensar formas de construir ele?!</p>
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DeOlhoNoMercado, o blog da RPC, Afiliada Globo. Entrevistas e matérias sobre mercado, setores, boas práticas, tendências, comportamento e consumo no Paraná.