Paranaense come com os olhos: prazer sensorial é tendência em alimentação
Quem disse que beleza não põe mesa? O consumidor busca experiências diferentes na hora de se alimentar. Olfato e paladar combinados em um prato bonito abrem o apetite! Hoje falamos sobre sensorialidade na alimentação. Confira um infográfico com tendências em alimentação e também o depoimento da chef Iracema Bertocco, que alia todas as qualidades quando cria seus pratos.
Não faz muito tempo: bastava acionar o olfato do cliente para deixar o paladar instigado a provar aquele temperinho no ar. A receita ainda funciona, mas agora o consumidor quer mais! Embalado pela popularização de conceitos oriundos da culinária gourmet, o consumidor incluiu mais um requisito em sua lista de pedidos: um toque original e caprichado no visual das refeições.
Quem revela é a pesquisa Brasil Food Trends 2020, realizada pela Fiesp e Ibope em nove principais regiões metropolitanas do país. Segundo a publicação, o consumidor brasileiro passou a demonstrar forte aderência às tendências atitudinais de consumo de alimentos encontrados em outros países do mundo. Ou seja, o brasileiro está à procura de novidades. Foi a partir disso que o estudo conseguiu definir cinco grupos de tendências que estão a todo o vapor aqui no Brasil. Confira!
Beleza que põe mesa

Para o consumidor do grupo “sensorialidade e prazer”, que representa cerca de 22% dos entrevistados, o mais importante é que a comida seja gostosa e atraente. Além disso, os consumidores sensoriais tendem a ter um comportamento mais impulsivo na hora de se alimentar, pois são guiados pela busca do prazer.
Essas pessoas não ficam presas a um sentimento de culpa quando se alimentam. Isso significa que na hora de escolher entre o mais saudável e o mais saboroso, escolhem, claro, a segunda opção. E aí entra o desafio para os empresários do setor: como oferecer uma refeição que transcenda a ideia do apenas “suprir uma necessidade básica”, mas que encante e fidelize este consumidor? Neste momento mais difícil da economia, é hora de buscar estratégias para tirar o público de casa.
O paranaense come com os olhos
“Não enfeitar a comida com cores é como sair de casa sem roupas”. O ditado é de origem japonesa, mas traduz bem a opinião de Iracema Bertoco, gerente de gastronomia do Centro Europeu, quando o assunto é fazer um prato se tornar interessante e atraente: comida monocromática tem pouco efeito sob o consumidor.

Por isso, é vital para os restaurantes estruturarem o cardápio pensando em todas as etapas da refeição e também no que o cliente procura quando visita o estabelecimento. “Nem todo mundo fraciona a refeição em três ou mais pratos, prefere consumir um prato único e bem servido. Aí o restaurante precisa ter bem definido qual a sua proposta”, aconselha Iracema.
Para fisgar o consumidor sensorial os restaurantes precisam também sempre pensar em novidades e, de tempos em tempos, incluir novas receitas no cardápio. Outra dica de Iracema é equilibrar o menu, sem ser muito extenso, mas procurar oferecer opções entre pratos leves e substanciosos, com alguns tipos de proteína. “Comer repetidamente o mesmo prato enjoa. Claro que há aqueles que jamais podem mudar porque é a identidade do lugar, mas é essencial inovar”, finaliza.
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